O Milagre de Belo Horizonte é como ficou conhecida a partida de futebol entre Estados Unidos 1 x 0 Inglaterra, que aconteceu na Copa do Mundo de 1950 em 29 de junho de 1950, e que é considerada uma das maiores zebras da história do futebol.[1]
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“Foi um resultado que deixou o mundo esportivo inteiro estupefato. Nem se sabia que tinha futebol nos Estados Unidos. A Inglaterra era a Inglaterra. E perdeu. Aquele jogo levou Minas Gerais para o mapa mundial. Belo Horizonte foi assunto no planeta!”[2]
A partida foi válida pela fase de grupos da Copa do Mundo de 1950. O time dos Estados Unidos era formado por atletas semi-profissionais; além do futebol, eles trabalhavam como professor (profissão do meio-campista Walter Bahr), lavador de pratos, carteiro, médico na Segunda Guerra Mundial (o atacante Frank Moniz) e até motorista de carro funerário (o goleiro Frank Borghi). 5 jogadores americanos nasceram em outros países - Joe Maca era belga, Gino Gardassanich era natural da atual Croácia, Ed McIlvenny era escocês, Adam Wolanin era natural da Polônia e Joe Gaetjens, autor do gol da histórica vitória dos Estados Unidos, era haitiano de nascimento, enquanto 8 eram descendentes de europeus: Gino Pariani, Charlie Colombo, Frank Borghi e Nicholas DiOrio possuíam origem italiana, Bahr era descendente de alemães, John Souza e Ed Souza (apesar do sobrenome, não eram irmãos) eram de ascendência portuguesa. A Inglaterra, em sua primeira participação em Copas, foi a única seleção britânica a disputar a competição - a Escócia, que estava classificada após o vice-campeonato da British Home Championship em 1949, abriu mão da vaga.
No dia da partida, o jornal inglês Daily Express chegou a noticiar que "seria justo que a partida já começasse 3 x 0 para os americanos."[3]